4 passos para escolher um curso de graduação

Camilla Schultz – CRP 06/172215

À medida que as datas dos vestibulares se aproximam, surge a necessidade de decidir para qual curso você se candidatará. No entanto, escolher um curso de graduação nem sempre é simples; a decisão está repleta de dúvidas e inseguranças.

Muitos fatores podem influenciar na escolha profissional, como a família, amigos, colegas, escola, mídia, entre outros. Com tantas influências, pode ser desafiador definir um curso que você queira cursar. Pensando nisso, preparei algumas dicas importantes para ajudá-lo na hora de escolher sua futura profissão:

1. Lembre-se de que essa escolha é reversível

Ao escolher um curso, é normal pensar que ficará preso àquela profissão para o resto da vida. No entanto, é importante lembrar que sempre há a possibilidade de mudar de opinião. Iniciar um curso não significa que você precisa necessariamente concluí-lo. É crucial gostar do que está fazendo, e se você não se identificar com o curso, pode buscar por outra opção no ano seguinte.

A ideia de que a escolha do curso é irreversível pode gerar uma grande pressão. Escolha o curso que mais se identifica hoje, mas esteja aberto para mudanças no futuro. Muitas pessoas optam por iniciar outra graduação ou trabalhar em uma área diferente após muitos anos na mesma profissão. Estamos em constante mudança e desenvolvimento.

2. Conheça os cursos

A segunda dica é investigar os diferentes cursos oferecidos pelas universidades. A diversidade de opções é tão grande que você pode não estar ciente de todas elas. Acesse os sites das universidades e conheça os cursos disponíveis. Uma escolha consciente requer o máximo de informações possível, para que você possa escolher sua profissão com conhecimento dos prós e contras.

Alguns aspectos que você pode pesquisar sobre os cursos incluem: a grade curricular, a duração da graduação, as universidades que oferecem o curso, as oportunidades de trabalho após a formatura e a média salarial da profissão.

Não se esqueça de também pesquisar sobre as universidades e faculdades onde pretende estudar. É importante conhecer o processo seletivo, a concorrência e, se for uma instituição privada, os custos como mensalidade e taxa de matrícula.

3. Faça uma lista

Após conhecer os cursos, você pode categorizá-los em duas listas: cursos que você gostaria de cursar e cursos que não gostaria. Observe os motivos que levam você a colocar um curso em cada lista, o que pode ajudá-lo a classificar os demais.

É importante lembrar que não é necessário ter um perfil específico para cursar uma graduação. É comum ouvir sugestões baseadas em estereótipos, como “se você gosta de conversar, deveria fazer Psicologia” ou “se gosta de atividades físicas, deveria cursar Educação Física”. No entanto, lembre-se de que você irá aprender tudo o que precisa durante o curso, não sendo necessário ter um dom pré-determinado.

4. Converse com um profissional formado

Após elaborar sua lista, procure saber mais sobre os cursos que despertaram seu interesse. Você pode participar de feiras de profissões oferecidas pelas universidades, buscar relatos na internet ou conversar com profissionais formados na área. Ninguém melhor do que um profissional para compartilhar a realidade da profissão e suas experiências.

Elabore uma lista de perguntas e dúvidas sobre a profissão e o mercado de trabalho, e então converse com profissionais. Se possível, converse com mais de um profissional da mesma área. Além disso, é útil conversar com amigos e colegas que também estão enfrentando o processo de escolha do curso. Compartilhar experiências pode ajudar a reduzir as angústias e inseguranças relacionadas a essa decisão.

Dica bônus: Orientação Profissional e de Carreira

Se você ainda tem dúvidas sobre qual curso escolher, considere a Orientação Profissional e de Carreira (OPC). Esse processo, conduzido por um psicólogo, aborda três temas importantes para uma escolha profissional consciente: autoconhecimento, informações profissionais e tomada de decisão.

Através da OPC, você pode explorar seus interesses, habilidades e valores, pesquisar sobre cursos e profissões, e trabalhar na tomada de decisão. No entanto, é importante ressaltar que mesmo com o auxílio da OPC, a escolha de um curso pode mudar com o tempo. Estamos em constante desenvolvimento, e a escolha não é definitiva.

Referências:

IVATIUK, A. L.; AMARAL, V. L. A. R. do. Algumas propostas da análise do comportamento para orientação profissional. Rev. bras. orientac. prof., São Paulo, v.5, n.2, p.21-29, dez. 2004. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&amp;pid=S167933902004000200004&amp;lng=pt&amp;nrm=iso>;. Acesso em 02 de agosto de 2021.

LUCCHIARI, D. H. P. S. Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 1993.

MOURA, C. B. de; SILVEIRA, J. M. da. Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento: avaliação de uma experiência. Estud. psicol. (Campinas), Campinas, v.19, n.1, p.5-14, Apr.2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&amp;pid=S0103166X2002000100001&amp;lng=en&amp;nrm=isso>;. Acesso em 02 de agosto de 2021.

SPARTA, Mônica. O desenvolvimento da orientação profissional no Brasil. Rev. bras. orientac. prof., São Paulo, v.4, n.1-2, p.1-11, dez. 2003. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&amp;pid=S167933902003000100002&amp

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